19 de dezembro de 2011

Poemas de Dezembro



Fazer da areia, terra e água uma canção
Depois, moldar de vento a flauta
que há de espalhar esta canção
Por fim tecer de amor lábios e dedos
que a flauta animarão
E a flauta, sem nada mais que puro som
envolverá o sonho da canção
por todo o sempre, neste mundo


(Dezembro de 1981)


Carlos Drummond de Andrade

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